A dificuldade de decidir: aversão à perda e o paradoxo da escolha

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Está na hora de descansar! Férias!! Que alegria!

Mais ou menos…Queremos descansar, mas também queremos ir para o lugar mais legal possível!

Uma coisa que parece ser tão divertida e leve, como escolher onde passar as férias, pode virar uma atividade meio estressante. A gente começa a ver tantos lugares lindos e que não conhecemos, que fica difícil decidir.

Aqui vai um exemplo: lembra quando começou a moda de sorvete por quilo?

Antes disso, tudo era bem mais fácil!  Você ia a uma sorveteria no bairro onde tinha seu sorvete predileto. Limão, por exemplo!

Às vezes você podia variar com maracujá e, de vez em quando, com cobertura de chocolate quente, que formava uma casca durinha. Hummm!!!

Era fácil decidir. Tinha o sorvete que você gostava, então pronto!

Aí, a nova moda chegou. Buffet de sorvetes, vários sabores diferentes, muitas coberturas. E, para complicar ainda mais, os tais “toppings”!

E agora? Uma coisa que era muito simples se tornou bastante trabalhosa e difícil. Como escolher entre tantas opções? E, mais, como se satisfazer com a decisão?

Esse artigo é justamente sobre isso: a dificuldade que todos nós temos para escolher quando existem muitas opções. Queremos poder escolher, gostamos de ter alternativas.

Porém, o efeito gerado não é o de mais satisfação. Lá no fundo, se instala uma dúvida: será que havia uma opção melhor, apesar de termos feito uma boa escolha?

Com as férias é a mesma coisa. Escolhemos um lugar bem bacana para ir, mas…será que esse é o melhor lugar para passar férias?

E nos sentimos um pouco frustrados…E insatisfeitos…

Pesquisadores interessados em comportamento humano criaram estudos para entender melhor como as pessoas se comportam em situações onde existem muitas opções.

Olha só esse, que aconteceu num supermercado, no ano 2000.

Pesquisadores das Universidades Columbia e Stanford criaram um experimento para saber se as pessoas comprariam mais num contexto de mais ou de menos opções, afinal, ter liberdade de escolha é importante, certo?

Eles organizaram uma demonstração de geleias de diferentes tipos para serem degustadas pelos clientes. Queriam descobrir quantas pessoas provariam as geleias e quantas, efetivamente, iriam comprá-las.

No primeiro dia, o estande mostrava 24 geleias diferentes. 60% dos clientes circulando pelo supermercado foram até o estande para provar as geleias e gostaram, mas só 3% compraram.

No segundo dia, só 6 tipos de geleias estavam disponíveis para degustação. Foi tudo diferente: 40% dos clientes visitaram o estande e, no entanto, 35% dessas pessoas compraram geleias!!

Por incrível que pareça, quanto menos opções temos, mais fácil é decidir e mais felizes ficamos!

E isso não acontece só com sorvetes ou geleias. Acontece com camisetas, tipos de calça jeans e também com produtos financeiros!

A quantidade de produtos financeiros que existem hoje é enorme, além das várias plataformas, corretoras, escritórios de assessoria e influenciadores digitais dando opinião. E, ninguém chegando a um consenso.

Escolher não é uma tarefa fácil e muitas vezes pode nos confundir e até atrapalhar. Se a situação da economia é inconstante, fica mais desafiador ainda!

E em relação à PRhosper não é diferente! Isso impacta, por exemplo, a nossa decisão de aumentar ou não a contribuição para o fundo de previdência, afeta a decisão de fazer contribuições extras quando temos um recurso sobrando, e também, a escolha de um perfil de investimento.

E tem mais. Nos últimos anos, aumentou muito a quantidade de fundos e títulos disponíveis nas mais diversas plataformas, e com estes a quantidade de assessores direcionando as escolhas do investidor , deixando a dúvida sobre estar, ou não, realizando a melhor opção.

Mas, e aí? Como sair dessa?

Como não se confundir com tantas opções que surgem a todo momento no mercado financeiro?

Em primeiro lugar, organize as informações em categorias, de forma que você possa comparar itens semelhantes, levando em consideração os tipos de fundos, classes de títulos investidos, nível de risco e etc. Muito importante que estas comparações estejam alinhadas com seu perfil de risco.

Depois, e isso vale para tudo, reduza a possibilidade de escolhas a no máximo 3, de acordo com suas prioridades.

  • Se for um jeans, por exemplo: conforto, preço e cor.
  • Se for um destino de férias:  local (praia ou montanha), preço e como chegar.
  • Se for sorvete: preferência, proximidade da sorveteria e qualidade do sabor.

O mesmo para um produto financeiro: risco, retorno e liquidez.

Qual o retorno ou rentabilidade do investimento, lembrando que quanto maior o nível de risco do investimento, maior será o retorno esperado.

E qual a liquidez, ou seja, quanto tempo seu dinheiro ficará investido e disponível para saque?

Trazendo essa reflexão para os seus investimentos na PRhosper, a comparação acaba sendo entre os Perfis Flex e, neste caso, o que deve nortear a sua decisão é, especialmente, a sua tolerância ao risco de variações de rentabilidade, associado ao prazo que você ainda tem antes de iniciar o recebimento do seu benefício de aposentadoria. Ou seja, uma vez avaliados estes fatores, você já está “separando” suas opções em categorias e a escolha acaba sendo um pouco mais fácil!

E, não se esqueça que, qualquer escolha de uma coisa implica em não escolha de outra coisa. Mesmo nas férias!

Ganhamos de um lado e perdemos de outro. A vida é assim. Se resolvemos nos casar, perdemos a solteirice.

Se tentarmos ganhar sempre ou não perder NADA, NUNCA, jamais ficaremos satisfeitos com nossas escolhas, mesmo que sejam escolhas excelentes.

Isso também vale para namoros, casamentos e empregos!!!

E aí? Gostou do assunto?

Se você quiser saber mais sobre a dificuldade que temos para escolher # fica a dica: assista a essa palestra de 2007 do psicólogo Barry Schartz no TED Talks Oxford England sobre o paradoxo da escolha!

https://youtu.be/VO6XEQIsCoM

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