Após um período de expansão significativa, o ritmo de concessão de crédito no Brasil vem apresentando uma desaceleração nos últimos três anos. Essa mudança de cenário tem despertado preocupações tanto entre os consumidores quanto entre os especialistas econômicos. Neste texto, iremos explorar os principais fatores que contribuíram para essa desaceleração e as possíveis consequências para a economia brasileira.
1° Incertezas políticas e econômicas
Uma das principais razões para a desaceleração do ritmo de crédito no país é o cenário de incertezas políticas e econômicas que tem impactado o Brasil nos últimos anos. A instabilidade política, aliada a medidas de austeridade fiscal adotadas pelo governo, trouxe insegurança aos investidores e dificultou a obtenção de financiamentos por parte das empresas. Como resultado, houve uma redução nos investimentos e uma menor demanda por crédito.
2° Crise econômica
Outro fator que contribuiu para a desaceleração do crédito foi a crise econômica enfrentada pelo país. O Brasil passou por um período de recessão entre 2015 e 2016, o que afetou a confiança dos consumidores e empresários. Com receio de não conseguirem pagar suas dívidas, muitos optaram por não buscar novos empréstimos, levando a uma queda na procura por crédito.
3° Desemprego
Além disso, o aumento da taxa de desemprego também influenciou diretamente a desaceleração do crédito no Brasil. Com menos pessoas empregadas, a capacidade de pagamento das dívidas e o acesso ao crédito se tornaram mais limitados. Muitos brasileiros optaram por adiar a realização de compras de bens duráveis, como imóveis e veículos, o que impactou diretamente a demanda por crédito nessas áreas.
As consequências dessa desaceleração do ritmo de crédito podem ser sentidas em diversos setores da economia. O setor imobiliário, por exemplo, foi fortemente impactado pela redução na concessão de financiamentos para a compra de imóveis. A indústria automobilística também sentiu os efeitos, com uma queda nas vendas de veículos devido à menor disponibilidade de crédito para os consumidores.
Resta agora às autoridades econômicas e ao governo implementar medidas que estimulem a retomada do crédito, promovendo a recuperação econômica do país e restabelecendo a confiança dos consumidores e empresários.