A pirâmide financeira, ou esquema Ponzi, é uma transação financeira insustentável extremamente comum.
De acordo com o relatório instituído pelo Conselho Nacional de Defesa do Consumidor (CNDC) e aprovado pela Comissão Especial de pirâmides financeiras, os esquemas de pirâmide aumentaram exponencialmente no Brasil entre 2019 e 2021.
Para especialistas, o crescimento observado está relacionado à queda da taxa básica de juros do país, Selic, e às dificuldades de ganhos financeiros causadas pela pandemia do Coronavírus.
Cada vez mais comuns, os esquemas são, por muitas vezes, apresentados por colegas e familiares que indicam os “investimentos” porque o utilizaram e tiveram altos ganhos. No entanto, se você conhece alguém que recebeu, lembre-se: em algum ponto, a pirâmide financeira vai cair.
Entenda as razões para isso acontecer a seguir:
O que é a pirâmide financeira?
Baseada no esquema Ponzi, nome dado em homenagem ao criador do golpe, o italiano Carlo Ponzi, conhecido estelionatário que montou um esquema de ganhos que dependia da entrada de outros participantes, com a promessa de altos lucros baseados nos entrantes e não na rentabilidade de serviços e produtos, a pirâmide financeira ganha novas versões, mas, continua firme em um preceito: sem recursos de investimentos reais, novos participantes entram no esquema para pagarem os lucros de quem chega ao topo da pirâmide e, consequentemente, dependem de outras pessoas para receberem.
Conforme o número de entrantes diminui, a pirâmide quebra, deixando o investidor sem qualquer perspectiva de lucros ou mesmo o retorno de seu investimento, que foi usado para pagar pessoas no topo da pirâmide.
Vale ressaltar que a montagem de pirâmides financeiras é crime previsto pelo código penal e gera prisões de até 2 anos, deixando a premissa de que “roletas rápidas de lucro” entre conhecidos por redes sociais podem, certamente, computar crime.
Como reconhecer e evitar pirâmides financeiras?
De modo geral, uma vez informado, o investidor pode reconhecer facilmente a pirâmide pelo fato de que não há produtos ou serviços à venda para geração de lucro e que todo o pagamento efetuado pela rede de investidores é gerado por novas pessoas que entram no esquema.
Normalmente, os organizadores dos esquemas incitam e cobram que os novos participantes convidem novos integrantes para que o lucro “gire” e pague quem está no topo.
A atividade é totalmente ilegal.
Pare evitar os esquemas, a melhor maneira é o autocontrole.
Na maioria das vezes, vítimas concordam com a entrada em esquemas fantasiosos com promessas de altos ganhos sem qualquer esforço por desespero: momentos de dificuldade financeira e gatilhos emocionais são as principais motivações.
Para investir com segurança, é necessário pesquisa e calma.