A taxa Selic é a taxa básica de juros da economia brasileira, que serve como referência para as operações financeiras realizadas no país. Ela é definida pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, que se reúne periodicamente para avaliar o cenário econômico e ajustar a taxa conforme a necessidade.
A taxa Selic tem um papel importante na economia, pois influencia diretamente o nível de inflação, crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), câmbio, consumo e crédito. Além disso, ela afeta a rentabilidade dos investimentos, especialmente aqueles que estão atrelados à taxa Selic ou ao Certificado de Depósito Interbancário (CDI), que é uma taxa que acompanha de perto a Selic.
Quando o assunto é: Como ela influencia os seus investimentos existe duas formas principais, pela rentabilidade e pelo risco.
Pela rentabilidade, porque a taxa Selic determina o rendimento dos investimentos que são indexados a ela ou ao CDI, como a poupança, os fundos DI, os Certificados de Depósito Bancário (CDB), as Letras de Crédito Imobiliário (LCI), as Letras de Crédito do Agronegócio (LCA), entre outros. Quanto maior a taxa Selic, maior será o rendimento. Quanto mais baixa, menor será o rendimento.
Pelo risco, porque afeta o comportamento dos investidores e o mercado financeiro como um todo. Quando a taxa Selic está alta, os investidores tendem a preferir os investimentos de renda fixa, que oferecem uma rentabilidade mais segura e previsível. Quando está baixa, os investidores tendem a buscar os investimentos de renda variável, como as ações, os fundos de ações, os fundos multimercado, entre outros, que oferecem uma rentabilidade mais incerta e volátil.
Portanto, ela influencia os seus investimentos tanto pelo retorno que eles podem oferecer quanto pelo nível de risco que eles envolvem.
Já sobre o impacto na economia brasileira existe canais principais: a inflação, o produto e do câmbio.
Pelo canal da inflação, porque a taxa Selic afeta o nível de preços da economia. Quando a inflação está alta, o Banco Central aumenta a taxa Selic para reduzir a demanda por bens e serviços e conter a alta dos preços. Em períodos de baixa, o Banco Central reduz a taxa para estimular a demanda por bens e serviços e evitar uma queda dos preços.
Pelo canal do produto, afeta o nível de atividade econômica. Quando a economia está em recessão, o Banco Central reduz a taxa para incentivar o consumo e o investimento e favorecer o crescimento do PIB. Quando a economia está em expansão, o Banco Central aumenta a taxa Selic para frear o consumo e o investimento e evitar um superaquecimento do PIB.
Pelo canal do câmbio pois atinge o fluxo de capitais entre o Brasil e o exterior. Quando a taxa Selic está alta, os investidores estrangeiros tendem a trazer mais recursos para o Brasil em busca de uma maior rentabilidade. Isso aumenta a oferta de dólares no país e valoriza o real frente à moeda americana. No cenário inverso, os investidores estrangeiros tendem a retirar mais recursos do Brasil em busca de outras oportunidades. Isso reduz a oferta de dólares no país e desvaloriza o real frente à moeda americana.
Com base em todas as essas informações é possível compreender quer a taxa Selic é um dos principais indicadores econômicos do país, que influencia diretamente os seus investimentos e a economia brasileira. Por isso, é importante acompanhar as suas variações e entender os seus efeitos. No entanto, mais importante do que se preocupar com as oscilações da taxa Selic é ter uma estratégia de investimento adequada ao seu perfil e ao seu objetivo.