Como escolher um regime tributário que se enquadra a você?

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Quando pensamos em previdência privada, é natural que o foco inicial seja o acúmulo de recursos para o futuro. No entanto, um dos pontos mais estratégicos – e muitas vezes negligenciado – é a escolha do regime tributário. Essa decisão pode influenciar diretamente o quanto você irá pagar de imposto no momento do resgate ou recebimento da renda.

Muita gente acredita que esse é um tema restrito aos especialistas, mas a verdade é que entender o básico sobre os regimes tributários é mais simples do que parece. Com a escolha certa, você pode otimizar seus ganhos sem abrir mão da segurança e do planejamento de longo prazo.

Regime progressivo ou regressivo: qual a diferença?

A previdência privada no Brasil oferece duas opções de tributação: regime progressivo e regime regressivo. Cada um possui características distintas, e a escolha deve levar em conta seu perfil e seus objetivos financeiros.

No regime progressivo, as alíquotas de imposto variam de acordo com o valor resgatado ou recebido mensalmente, seguindo a tabela do Imposto de Renda utilizada para salários. Ou seja, quanto maior o valor, maior o imposto. Esse modelo é mais indicado para quem pretende fazer resgates esporádicos ou ainda não tem certeza se vai manter o investimento por muitos anos.

Já o regime regressivo segue a lógica oposta: quanto mais tempo o recurso ficar aplicado, menor será a alíquota de imposto. Ela começa em 35% (para prazos de até 2 anos) e pode cair até 10% após 10 anos. É ideal para quem pensa no longo prazo e não pretende movimentar o dinheiro com frequência.

Como saber qual é o ideal para você?

A resposta depende de alguns fatores pessoais. Se você está construindo um plano de aposentadoria e pretende manter os recursos investidos por um longo período, o regime regressivo tende a ser mais vantajoso. Ele premia o investidor paciente com alíquotas bem mais baixas no futuro.

Por outro lado, se há chances de você precisar do dinheiro antes de completar uma década de investimento, ou se você planeja receber uma renda mensal no futuro que se enquadre nas faixas mais baixas do IR, o regime progressivo pode oferecer mais flexibilidade.

Vale lembrar: a escolha do regime tributário deve ser feita no momento da contratação do plano e não pode ser alterada depois. Por isso, é essencial refletir com cuidado, levando em conta não só o cenário atual, mas também suas expectativas e estratégias para os próximos anos.

Consulte, compare e decida com clareza

Felizmente, você não precisa tomar essa decisão sozinho. Conversar com o consultor da sua entidade de previdência complementar pode ajudar a visualizar melhor as simulações e os impactos de cada regime. Além disso, ferramentas de projeção estão cada vez mais acessíveis e intuitivas.

A lógica é simples: assim como você escolhe bem um destino de viagem pensando na época do ano e no tipo de experiência desejada, escolher o regime tributário certo é uma forma de garantir que sua jornada rumo à aposentadoria será mais tranquila e rentável.