Happy Hour

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Sextou! Ou, talvez, nos dias de trabalho híbrido, “quintou”! Hora de reunir os amigos e sair para um happy hour.

Chegando lá, o garçom pergunta:

  • É comanda separada?

As opiniões diferem:

  • Sim!
  • É claro!
  • Prá quê? Somos amigos!
  • Nada disso, ganhamos a mesma coisa…

E assim por diante…

Quem topa dividir por igual, mesmo consumindo menos, fica indignado com quem quer pagar só o que consumiu.

E, quem quer comanda separada acha um absurdo dividir por igual sendo que tem gente que nem bebe e vai acabar pagando por quem bebe.

Mas, será que o fato de estarmos entre pessoas queridas faz alguma diferença nessas escolhas?

Pensando nisso, pesquisadores da Universidade de Beijing resolveram investigar o caso.

O estudo colocava pessoas num aparelho de ressonância magnética e pedia para eles escolherem, entre diversos pares de sugestões de divisões de recursos, quais combinações lhes trariam mais satisfação.

Eles encontraram 2 grupos de pessoas:

  1. Aqueles que preferiam mais vezes ofertas que beneficiavam mais a eles do que aos outros.

Esses indivíduos foram chamados de individualistas (não egoístas, pois eles também escolheram, algumas vezes, ofertas que beneficiavam mais aos outros do que a eles mesmos);

  1. Aqueles que preferiram mais vezes ofertas que beneficiavam mais aos outros do que a eles mesmos.

Estes eram os indivíduos chamados de pró-sociais.

Neste momento começa a busca pela resposta. Será que administrando ocitocina aos participantes seus comportamentos mudarão?

A ocitocina é um hormônio liberado na corrente sanguínea quando estamos diante de uma situação de conexão e afeto. Quando compartilhamos cuidado, confiança e empatia.

Na natureza ele surge nos mamíferos (nós somos animais mamíferos, se lembra? rsrs) principalmente no momento da amamentação, para garantir esse processo de “afiliação”, isto é, garantir que a fêmea não abandone este ser desconhecido, totalmente vulnerável e dependente. Pensa num gatinho…

Os machos também produzem ocitocina quando se conectam com seus filhotes e com o grupo do qual fazem parte.

Os pesquisadores então, deram ocitocina em spray para todos os participantes e os colocaram novamente na ressonância magnética.

E…surpresa!! As pessoas individualistas mudaram suas preferências! Passaram a escolher mais vezes ofertas que beneficiavam mais os outros do que a eles mesmos.

Por que? A resposta está no cérebro.

Antes da administração da ocitocina, essas pessoas da categoria dos individualistas tinham a atividade cerebral concentrada nas áreas de raciocínio lógico e resolução de conflitos.

Era como se, no caso de escolherem comanda separada no happy hour, pensassem assim:

  • Nós somos super amigos, e gostamos muito uns dos outros, mas minha escolha de como dividir a conta não tem nada a ver com isso.

É só uma questão de conflito de interesses a respeito de como eu quero gastar meu dinheiro. Pouquíssima emoção.

Já no caso dos pró-sociais, as áreas do cérebro mais ativadas eram as relativas às emoções em contextos de grupo, como nas que processam dor emocional de exclusão social.

Pagar com comanda separada significa uma certa exclusão, um conflito emocional, “não é justo, afinal somos amigos super queridos!!”

Depois do uso da ocitocina, tudo mudou! O cérebro dos individualistas ficou funcionando como o dos pró-sociais: com mais áreas emocionais ativadas, ou seja, as pessoas se tornaram mais empáticas e altruístas!

Mas, o que isto tem a ver com dinheiro? Tudo!

A disposição que temos para gastar dinheiro muda dependendo de para quem será este gasto.

Quem nunca experimentou ser mais gastador com filhos, pais ou cônjuges?

Ou comprar um presente especial, caríssimo para um amigo que completa seus 50 anos?

Ou presentear o cônjuge com uma joia ou relógio quando nasce um filho? E assim vai…

Só que este momento de “amor” pode prejudicar nossos planos de alcançar nossos objetivos e realizar nossos sonhos.

Desequilibramos o orçamento, comprando algo com preço além das nossas capacidades, às vezes até pagando parcelado e acabamos comprometendo nossa renda por um longo período de tempo.

O que fazer então?

Antes daquela data especial, já defina no seu orçamento qual a verba para o gasto com o ente querido, seja um presente, uma ajuda, um empréstimo ou uma viagem.

Se precisar, antes de comprar, diminua o limite do cartão para não cair na tentação de pensar: “ah!!!!! mas meu amor merece!!!!!”

E, claro, muito cuidado no próximo happy hour com os amigos!

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