Neste mês, a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) pode aumentar a bandeira tarifária da energia elétrica por todo o país.
Há forte tendência de que o conselho diretor da agência institua aumentos de 40% e 60% das bandeiras, o que pode provocar aumentos de 5% a 20% no valor final da conta de luz.
A bandeira tarifária é o sistema de cobrança regulamentado pela ANEEL e seu objetivo é repassar ao consumidor, mensalmente e de forma mais transparente, os custos adicionais causados pela necessidade de acionamento de usinas termelétricas na geração de energia.
O sistema também serve para o consumidor ficar ciente do custo da geração de energia ao mensurar os indicadores em três cores: verde, amarela e vermelha, sendo esta última dividida entre vermelha 1 e vermelha 2:
- Bandeira verde: não há cobrança adicional;
- Bandeira amarela: R$ 1,34 a cada cem quilowatts-hora (kWh);
- Bandeira vermelha 1: R$ 4,16 a cada cem quilowatts-hora (kWh);
- Bandeira vermelha 2: R$ 6,14 a cada cem quilowatts-hora (kWh).
No reajuste previsto, o fator preponderante no aumento da bandeira tarifária é a crise hídrica pela qual o país passa.
Caso a taxa seja confirmada, o preço do kWh passaria de R$ 6,24 para, aproximadamente, R$ 10.
Desde maio, o Brasil bate recordes de geração de energia com períodos de alta seca, o que pode gerar, além do aumento na conta de luz, a possibilidade de racionamento em algumas regiões.
Segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico, ONS, em junho, o Brasil bateu o recorde de toda sua história em consumo de energia por dez dias.