Novas recomendação da OMS para consumo de gordura e carboidrato

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A busca por hábitos alimentares mais saudáveis e equilibrados tem sido uma preocupação crescente em todo o mundo, especialmente diante do aumento das doenças relacionadas à obesidade, como diabetes tipo 2 e problemas cardiovasculares. Nesse contexto, a Organização Mundial da Saúde (OMS) desempenha um papel fundamental ao atualizar suas diretrizes sobre o consumo de gorduras e carboidratos como parte de uma dieta saudável, refletindo as mais recentes evidências científicas. 

O foco dessas recomendações reside em uma abordagem mais holística, que não apenas delimita quantidades, mas também enfatiza a importância da qualidade dos nutrientes ingeridos. O objetivo primordial é reduzir o risco de ganho de peso e os desafios de saúde decorrentes do excesso de consumo de gordura e carboidrato. 

Em relação às gorduras, as recomendações permanecem alinhadas com as versões anteriores, limitando o consumo total a, no máximo, 30% das calorias diárias. Porém, a atenção é agora voltada para a diferenciação entre gorduras insaturadas, presentes em fontes vegetais como azeite, abacate e nozes, e gorduras saturadas, encontradas predominantemente em alimentos de origem animal como carnes e produtos lácteos. 

Essas últimas devem ser limitadas a 10% do total de gorduras ingeridas. Além disso, a preocupação com as gorduras trans, frequentemente presentes em produtos industrializados, é evidente, com a OMS determinando que não ultrapassem 1% das gorduras consumidas. 

As diretrizes sobre carboidratos também foram aprimoradas. O novo enfoque ressalta a importância da qualidade desses nutrientes e estabelece quantidades recomendadas para cada faixa etária.  

Presente em produtos como sucos, bebidas, bolos e sobremesas, o açúcar, também é uma preocupação contínua. A OMS mantém sua recomendação de que esse item não deve exceder 10% do total de energia consumida. Isso se traduz em, no máximo, 50 gramas por dia em uma dieta de 2.000 calorias. 

A nutricionista Serena del Favero, do renomado Hospital Israelita Albert Einstein, destaca que, “Além de restringir o que é prejudicial, as novas diretrizes enfatizam a importância de incluir alimentos benéficos. Ela sublinha a relevância de considerar tanto a quantidade quanto a qualidade do que é consumido.’ 

Em um mundo onde escolhas alimentares conscientes são cruciais para a promoção da saúde, as orientações atualizadas da OMS servem como um farol para indivíduos e famílias que buscam adotar práticas mais saudáveis. A busca por uma dieta equilibrada, que leve em conta os tipos de gorduras e carboidratos ingeridos, é um passo significativo na direção de um bem-estar duradouro.