Registros do IPCA-15 em setembro

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O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) de setembro trouxe algumas nuances interessantes no cenário inflacionário. Este índice, calculado pelo IBGE, registrou um aumento de 0,35% no mês, mostrando uma aceleração de 0,07 ponto percentual em relação à taxa de agosto, que foi de 0,28%. 

 

Dentre os nove grupos medidos pelo IBGE, seis apresentaram alta em setembro. Além do grupo de Transportes, que sempre atrai atenção devido aos combustíveis, Habitação também merece destaque, mesmo que tenha desacelerado em relação ao mês anterior (1,08%). 

A gasolina voltou a ser uma das principais responsáveis pela inflação no Brasil, e a prévia da inflação indica que a situação pode piorar. O IPCA-15 absorveu integralmente o aumento dos preços da gasolina e do diesel anunciado pela Petrobras em 15 de agosto, resultando em um aumento de R$ 0,41 no preço do litro da gasolina e de R$ 0,78 no preço do diesel. 

Além disso, o diesel teve um aumento significativo de 17,93% no mês, o que é particularmente preocupante, pois esse combustível impacta diretamente os preços de logística de diversos bens, causando um aumento nos custos de transporte. 

 

O gás veicular teve obteve um aumento discreto de 0,05%, enquanto o etanol apresentou uma queda de 1,41%. Como resultado, o subgrupo de combustíveis fechou o mês com um aumento de 4,85%. 

 

Alimentação e Bebidas continuaram a cair, com uma deflação de 0,77%, sendo principalmente influenciada pela queda dos preços dos alimentos em casa, que caíram 1,25% em setembro. Em contrapartida, a alimentação fora de casa subiu 0,46%, com destaque para aumentos nos preços de lanches (0,74%) e refeições (0,35%). 

 

Outro grupo que merece destaque é Saúde e Cuidados Pessoais, que teve uma alta de 0,17%, principalmente devido ao aumento nos planos de saúde que teve seu reajuste autorizado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) para os planos contratados antes da Lei nº 9.656/98, com vigência retroativa a partir de julho.  

 

Essa prévia da inflação é vista como um bom sinal de controle da inflação, mesmo em meio aos fortes reajustes nos preços dos combustíveis. A economista-chefe da B.Side Investimentos, Helena Veronese, destaca que a abertura do índice foi benigna, com serviços apresentando um leve aumento, mas os núcleos (que desconsideram itens voláteis) desacelerando, assim como o índice de difusão. Isso indica que o IPCA-15 de setembro se comportou dentro do esperado, o que é positivo em termos de estabilidade econômica.