Uso prolongado de celular pode causar lesões na mão

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O avanço tecnológico trouxe consigo uma revolução na forma como nos comunicamos e nos entretemos, tornando dispositivos móveis como celulares e tablets parte integrante de nossas vidas cotidianas. No entanto, o uso excessivo desses dispositivos não está isento de consequências, e um aspecto preocupante emerge quando consideramos o impacto direto na saúde das mãos.

Estudos científicos apontam que o uso abusivo de dispositivos móveis, incluindo computadores, tablets e celulares, pode acarretar prejuízos significativos para a saúde das mãos. Esse uso é considerado abusivo quando ultrapassa quatro horas ao longo do dia, ou quando uma única sessão se estende por mais de uma hora sem interrupções, de acordo com a literatura científica especializada.

 

De acordo com uma pesquisa encomendada pela empresa britânica Proxyrack, o Brasil figura em segundo lugar na lista de países com maior tempo de tela diário, registrando uma média de 9 horas e 32 minutos. Perdendo apenas para a África do Sul, onde os habitantes passam em média 9 horas e 38 minutos diários na frente de telas.

 

Os riscos associados ao uso desequilibrado desses dispositivos não se limitam apenas aos impactos físicos, mas também abrangem a esfera mental. O movimento repetitivo de “pinça” realizado frequentemente com o polegar durante a manipulação desses dispositivos pode aumentar significativamente o risco de degeneração articular precoce, conhecida como rizartrose. Esse problema, que afeta a base do polegar, tem sido observado em uma crescente incidência, atingindo tanto homens quanto mulheres.

A rizartrose se manifesta por meio de sintomas como “queimação” e “sensação de dor latejante”, predominantemente no polegar, utilizado de maneira intensiva na interação com os celulares. Além disso, o dedo mindinho, que geralmente atua como apoio durante o manuseio do dispositivo, também pode ser afetado.

 

Profissionais de saúde destacaram que a condição pode exigir intervenções variadas, dependendo da gravidade do quadro apresentado pelos pacientes. Em casos menos severos, uma redução significativa do uso abusivo dos dispositivos já pode resultar em melhorias notáveis. Alternativamente, tratamentos conservadores, como fisioterapia, medicação ou acupuntura, podem ser considerados para aliviar os sintomas.

Entretanto, em situações mais graves e casos avançados, a intervenção cirúrgica pode se tornar necessária. A queixa frequente de “queimação” e “sensação de dor latejante” torna-se um indicativo de que a saúde das mãos está sendo comprometida, e a busca por tratamento adequado, seja ele conservador ou cirúrgico, torna-se imperativa.

 

Diante desse cenário, é crucial que a conscientização sobre os riscos associados ao uso prolongado de dispositivos móveis seja disseminada. A promoção de práticas mais saudáveis, como pausas durante o uso intensivo e a busca por alternativas que minimizem o impacto nas mãos, pode desempenhar um papel fundamental na preservação da saúde e bem-estar dos usuários dessas tecnologias.